domingo, 13 de junho de 2010

A SAGA DOS PISTOLEIROS

Em Quando Um Homem é Homem, o maior cowboy de todos os tempos faz as pazes com os índios, com os sem-terra e ainda tem tempo de reconquistar sua mulher

Alguém ainda duvida que John Wayne é o maior representante do bom mocinho americano? Do herói ideal, que luta pelo que acredita (mesmo que suas convicções não sejam as mais politicamente corretas). Quem tiver algum resquício de dúvida, basta assistir ao clássico Quando Um Homem é Homem (McLintock), longa produzido pela família Wayne, em que mostra o cowboy já amadurecido, mas ainda em sua melhor forma.
Ele interpreta o personagem título McLintock, um cowboy beberrão e milionário, dono de praticamente toda a região de Mesa Verdi, no velho oeste. Já não tão mocinho assim, McLintock tem o amadurecimento suficiente para se tornar amigo dos índios da região, com quem mantém um bom relacionamento depois de várias batalhas. É respeitado por toda a cidade, mesmo por seus opositores políticos que, se pela frente se curvam a ele, por trás tramam para que ele perca pelo menos parte de seu poder. Apesar de bruto, é cavalheiro com as mulheres, a ponto de contratar uma cozinheira só por ter provado um de seus quitutes. Tudo começa quando um grupo de sem terras chega ao local em busca de terras, na esperança de um futuro melhor. Ledo engano: são terras inférteis, áridas, impróprias para o plantio, mas quem se importa?
Ao mesmo tempo, McLintock tem que lidar com a volta inesperada de sua mulher (Maureen O´Hara, uma de suas atrizes favoritas e com melhor química para contracenar com Wayne) e de sua filha (a ainda novinha Stephanie Powers, de Casal 20). Como uma espécie de megera domada, Maureen O´Hara fica com a parte cômica do filme, envolvendo-se até numa engraçada briga de homens. E sem dar o braço a torcer sobre seu amor inabalável por McLintock, a quem pretende reconquistar, mesmo agindo de forma contrária ao que pretende. Ele por sua vez, exerce todo seu machismo com grande desfaçatez: ele a ama, mas não está nem aí com ela.
Divertido, humano e muitas vezes atual, Quando um Homem é Homem tem todos os ingredientes que fazem do velho oeste o que sempre foi: um local cheio de hostilidade, árido, com belas e perigosas mulheres, mas também com homens de verdade em busca de muita riqueza. Afinal, este era e é até hoje o sonho americano. Ninguém melhor do que John Wayne para simbolizar o que de melhor esse sonho pode trazer a cada um de nós.

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